quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Quem sou eu?????


Bem, vou falar um pouco de mim, resumir o que estava no outro blog. Eu sou a Taty, sou brasileira e durante três anos morei na Itália. Morei em diversas cidades Parma, Arezzo, Milão e depois Parma de novo....hehe. Sempre amei a Itália, desde criança vivia dizendo que quando crescesse iria morar na bota, e assim a fada madrinha realizou o meu desejo. Meu contrato de trabalho terminou e com o dindin que recebi resolvi me aventurar na Europa. A minha idéia era permanecer apenas três meses e depois voltar ao Brasil pra terminar a facu, porém me senti tão bem naquele lugar que resolvi permanecer, porém todos os anos passava o fim de ano aqui no Brasil.
Nesses três anos morando no falso primeiro mundo (porque a Itália não é e esta longe de ser, mesmo assim amo esse país), fiz muitas amizades, algumas foram passageiras e as especiais e verdadeiras ficaram: Uma loira conhecida na porta do consulado italiano de São Paulo, ela tinha planos de morar em Firenze, trocamos e-mail e assim um dia nos encontramos na Toscana, na cidade de Firenze e assim a amizade continuou: Aninha, te adoro amiga, você é especial.
Depois conheci uma gaucha perdida em Milano, nos conhecemos através do Orkut, ela estava desesperada porque trabalho não tinha em Milano e disse pra vir morar na Toscana, ela foi a Firenze e nunca conseguimos nos encontrar. Quando morei em Parma marcamos de nos conhecer, mas o trem atrasou demais e eu tive que trabalhar. Fomos nos conhecer pessoalmente quando ela foi morar em Londres, o nosso abraço foi na porta do albergue: Guriaaaaa, você é doidinha, te gosto muito.
A terceira amiga especial, conheci quando ela deixou uma mensagem no meu flog, trocamos e-mail, depois ela entrou no Orkut. Às vezes nos falamos por telefone, mas nunca tivemos a oportunidade de nos encontrar. Ano passado fui a Roma com minha mãe e adivinhem só quem me hospedou??? Flávia amore, você e o Alessio são pessoas especiais, não tenho palavras pra dizer o quanto sou grata a tua amizade.
Também conheci a Kamila, uma veterinária que entende tudo de moda, louquinha louquinha louquinha, com a Ka não tem tempo feio, trabalha dia e noite e ainda arruma tempo pra se diverti: Ka, gosto muito de você e te admiro muito, você é muito batalhadora.
Lógico que não podia deixar de citar uma família muuuuuuuito especial: Ana, Maurizio, Rafa, Victor, eu não tenho palavras pra dizer o quanto vocês são importantes, nunca vou esquecer o que vocês fizeram por mim, adoro vocês.
Nesses três anos de Itália fiz de tudo, trabalhei como baby sitter (aff...mai più, tutti bimbi viziati), trabalhei em fabrica de perfume, de cenoura, de salame e de molho de tomate...hehe. As pessoas diziam que eu era bonita demais pra trabalhar em fabrica, que eu merecia coisa melhor, o que as pessoas não entendiam é que eu gostava. Nunca me diverti tanto como era na fabrica de molho de tomate, além de pagarem super bem, era um trabalho honesto, ali eu aprendi a crescer, aprendi a ter responsabilidade e me orgulho de dizer que trabalhei ali, e foi graças a esse trabalho que tive dinheiro para poder conhecer a Itália e outros países da Europa. O que meus olhos viram, ninguém me tira, são recordações que levarei pra toda minha vida, uma experiência única.
A fabrica de tomate também me deu um namorado, ficamos juntos durante dois anos. Foram dois anos maravilhosos, até que um dia resolvi voltar. Iríamos mudar de cidade e para que isso fosse necessário eu deveria sacrificar minha ida ao Brasil, mas eu não poderia fazer isso, estava preocupado com minha família etc, etc e etc. Decidi voltar, achei que o melhor era ficar próximo da minha família (sem dúvida é o correto), mas pra isso eu deveria sacrificar alguém, sacrifiquei a mim mesma. Deixei pra trás o homem que amava, achei que fosse esquecê-lo, mas isso não aconteceu, se passaram um ano e ele esta sempre aqui, no meu coração. A história tomou outro rumo e isso eu conto depois.
Enfim, voltei ao Brasil, voltei ao grupo de dança que tanto amo, voltei a faculdade, aos amigos a família, as minhas vidas (duas poodles), mas sempre ficou um vazio que ninguém conseguiu preencher e sem contar a saudade de acordar e ouvir: “Buon giorno signorina”. Eu amo o Brasil, amo minha terra, mas a Itália tem algo que eu não sei explicar, eu amo e odeio aquele lugar, tantas vezes desejei fugir dali como tantas vezes desejei permanecer ali. A Itália pra mim seria perfeita se nela estivesse três pessoas: minha mãe, meu pai e minha irmã, acompanhada de duas buneka (é assim que chamo minhas cachorras): Tabata e Rebeca.

É isso, essa sou eu.

Um comentário:

  1. Doidinha è apelido, hehehe!
    Que bom relembrar essas coisas, nè?

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